Marina Silva critica conservadorismo da religião

Para Marina, religião não tem a ver com conservadorismo


Pré-candidata do PV à Presidência foi a encontro com cerca de 800 líderes da igreja Assembleia de Deus

Eduardo Kattah, da Agência Estado

IPATINGA - Em um encontro com cerca de 800 líderes da igreja Assembleia de Deus, a senadora Marina Silva (AC), pré-candidata do PV à Presidência da República, disse nesta segunda-feira, 5, que a religião não deve ser encarada como um espaço do conservadorismo.

 

"Às vezes as pessoas tomam a fé cristão como se fosse um espaço de qualquer tipo de destruição dos termos de uma visão de desenvolvimento do mundo", observou a senadora. "Quem quiser ser conservador tem de ser por sua própria conta".

Tendo iniciado sua militância política nas Comunidades Eclesiais de Base (CEB) da Igreja Católica, Marina tornou-se em 1997 missionária da Assembleia de Deus, uma das maiores igrejas neopentecostais do País. [Na verdade, a Assembleia de Deus é uma igreja pentecostal clássica (foi fundada em 1900) e não neopentecostal (que surgiram na década de 60).]

 

A ex-ministra do Meio Ambiente compareceu rapidamente a uma reunião das lideranças da igreja no Vale do Aço mineiro, na sede da Assembleia de Deus na cidade de Ipatinga. Acompanhada de representantes do PV de Minas, ela foi apresentada como "ilustre senadora" e "irmã" Marina Silva pelo pastor Antônio Rosa. O religioso não deixou, porém, de lembrar que a ex-ministra é atualmente pré-candidata ao Palácio do Planalto em 2010.

Na rápida entrevista, Marina preferiu não polemizar em relação à visita programada também para a noite de segunda-feira pela pré-candidata petista, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Assembleia de Deus em São Paulo.

 

"Não vou julgar a visita da ministra. Eu acho que as igrejas todas têm que estar abertas para as lideranças políticas, para as pessoas. É um processo natural. As igrejas não devem ter partidos e elas devem dialogar com todos os candidatos".


05/10/2009 - 22h32

Dilma ganha Bíblia e discursa em evento da Assembleia de Deus, igreja de Marina Silva

Maurício Savarese
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Possível candidata do PT à Presidência da República, a ministra-chefe Dilma Rousseff (Casa Civil) participou na noite desta segunda-feira (5) de um evento na Assembleia de Deus, maior denominação evangélica do país. A igreja, da qual a senadora e possível candidata do PV ao Palácio do Planalto, Marina Silva (AC), é fiel, defendeu em 2002 a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. O evento celebrou os 75 anos do pastor e presidente da Assembleia de Deus no bairro do Belenzinho, zona leste de SP, José Wellington Bezerra da Costa.
  • Rogério Cassimiro/UOL

    Dilma discursa durante evento no Belenzinho, zona leste de SP

  • Rogério Cassimiro/UOL

    Na Assembleia de Deus, a ministra ganhou uma Bíblia

  • Rogério Cassimiro/UOL

    Pré-candidato ao governo do Rio pelo PR, Garotinho esteve no evento e se sentou longe de Dilma


Durante o evento, Dilma, que tem formação católica e militou em grupos de extrema esquerda no combate ao regime militar (1964-1985), ganhou uma Bíblia de presente, repetiu dados sobre o governo Lula e foi constrangida pelo deputado Takayama (PSC-PR), que pediu que a petista "coloque Deus na sua vida". "Esse é o pedido que está entalado na garganta de cada uma dessas pessoas", afirmou.

Em seu discurso, Dilma agradeceu as "palavras gentis" de Takayama e afirmou que o governo Lula promove a fé e valores morais que ajudaram 30 milhões de brasileiros a ascender socialmente nos últimos anos. "Precisamos de exemplos como o pastor e sua família", disse Dilma. A ministra pediu orações porque considera que até agora as melhorias são poucas e ainda há muito por fazer no país.

Proximidade com evangélicos
Nas eleições presidenciais de 2002, a Assembleia de Deus - que diz ter entre 20 milhões e 23 milhões de fiéis - apoiou a candidatura de Anthony Garotinho, então no PSB, ao Palácio do Planalto. No segundo turno, depois de o ex-governador fluminense aderir à campanha de Lula, a igreja se aproximou do petista. 

Em 2006, quando Garotinho e Lula estavam rompidos, o ex-governador pediu aos fiéis que votassem em Geraldo Alckmin (PSDB) no segundo turno.

Pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro pelo PR, Garotinho esteve no evento e se sentou longe de Dilma, que estava acompanhada do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e do presidente do PT de SP, Edinho Silva.

PS: Garotinho declara que apóia Dilma. Luís Bento, será que isso significa que Dilma é criacionista ou que ela responderá a esse apoio favorecendo o criacionismo nas escolas, como queria Garotinho?

Garotinho deixa o PMDB e apóia Dilma 


// Postado por Eucimar de Oliveira

400px-anthony_garotinho_24559O ex-governador Anthony Garotinho, por meio de carta, desfiliou-se hoje do PMDB. Ingressará no PR e apoiará a candidatura de Dilma Roussef à presidência. Dilma, segundo Garotinho, é sua amiga. Ele disse também que só em setembro dirá se tentará mais uma vez o governo do estado.

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